segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

lupanar artístico





teria quantos versos a poesia tua

a cuspida da boca seca, incansável

de mil versos não terminados

de vocábulos sujos


por entre mentiras geradoras

cercado por becos de angústia

sobrevive a tua vontade


aclama modelos surrealistas

escorre em aquarelas teu inconsciente

lamenta o onírico das tuas formas


e no fim



o abismo absoluto