teria quantos versos a poesia tua
a cuspida da boca seca, incansável
de mil versos não terminados
de vocábulos sujos
por entre mentiras geradoras
cercado por becos de angústia
sobrevive a tua vontade
aclama modelos surrealistas
escorre em aquarelas teu inconsciente
lamenta o onírico das tuas formas
e no fim
o abismo absoluto