- Sophia, vamos brincar de cobra cega?
E porque não telefone sem fio, amarelinha, pula-corda...?
Mas cobra cega?
Justo cega?
Quando pequena,sempre concordara forçadamente em ser a cega, a que lhe vendavam os olhos, a que a entorpeciam com rodopios frenéticos que a fazia, em cada giro, ir perdendo a sensação de direção, de ritmo... até não conseguir se manter em pé e... cair.
Não sabia rodar.
Mas cobra cega?
Justo cega?
Quando pequena,sempre concordara forçadamente em ser a cega, a que lhe vendavam os olhos, a que a entorpeciam com rodopios frenéticos que a fazia, em cada giro, ir perdendo a sensação de direção, de ritmo... até não conseguir se manter em pé e... cair.
Não sabia rodar.
Nao queria.
Se não bastasse tamanha humilhação, as vozes que miavam naquela escuridão do seu quarto, mãos que a empurravam, confundiam, celebravam sua própria estupidez ali como cobra, ou como rato, que confusos, tateam chão, parede, baús a procura daquele ruído mas que no fim, no fim....Gato mia! Miau! Era assim que ele a fazia sentir. Essa falta de rumo, a sensação do novo, do sentir-se perdido e se perder... Mia gato, mia!
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